domingo, 5 de setembro de 2010

SALMOS

ELEVO MEUS OLHOS PARA
OS MONTES,DE ONDE ME VIRA O SOCORRO?
O MEU SOCORRO VEM DO SENHOR.
SALMOS

A minha mãe[POESIA DE RENATA WERSON]

A minha mãe

Como é difícil falar sobre ela.
Só lembro do seu sorriso, quando olha para o sorriso das crianças
Só lembro do seu lamento, em ter apenas dois braços
Para abraçar o mundo,

Sei, da saudade da infância
Sei das noites mal dormidas
Sei das suas orações
Sei da ingratidão dos filhos, que sempre querem mais
Sei da tristeza, e dos sonhos
Sei das angústias, e dos desejos
Sei das palavras sábias,
Sei que leva as dores sozinha, sem dividir com ninguém

Mas muitas vezes um nó na garganta
E uma vontade louca de sumir
Abraça o que tem com o coração
E fica pressa na sua aflição.

Será que quando olha no espelho
Lamenta o tempo que perdeu?
Ou agradece a Deus
O tempo que vive
Mesmo que de forma, muitas vezes solitária

Mãe não deveriam parar de sonhar, parar de comer, deixar de dormir
Penso que o nutre uma mulher que abre mão do desejo
Para entregar sua vida ao destino tem um nome
E esse nome é amor....amor de mãe.

Autora; Renata Werson / 2007

PROFECIAS DE MAE

PROFECIAS DE MAE

Ao acordar todas as manhãs,
Era a primeira frase que eu ouvia
Deus te abençoe minha filha.

Essas eram as primeiras palavras
Que minha mãe profetizava
Eu sentia muita paz.

Só que nem imaginava
Que toda aquela paz,
Vinha daquela profecia.

Sete filhos, sete bênçãos,
Cada, filho ia chegando,
E ela profetizando.

Deus te abençoe, minha filha
Ou Deus te abençoe meu filho
Essas palavras repetia
Também na hora de dormir
E quando um filho saia
Ele outra frase dizia
Deus te acompanhe meu filho.
.
Deus, sempre nos abençoou
Por causa da profecia
Que minha mãe repetia.
Mesmo nas horas turbulentas
Eu sinto a benção de Deus.

Muito obrigado meu Deus
Porque minha mãe, tu ouviste
Todas as bênçãos proféticas
Que um dia ela proferiu

AUTORA:TEREZINHA C WERSON-SANTOS -2007

Para minha mãe.

Para minha mãe.

Perdoa-me Senhor.
Se não segurei na sua
Mao, quando ela precisava.

Se não percebi as dores que o seu corpo
Cansado carregava.

Perdoa-me Senhor.
Se não lhe falei palavras de conforto
Nos momentos de angustia.
Pela minha falta de paciência
Quando ela se lamentava.

Perdoa-me Senhor.
Pelas rosas que colhi e não lhe dei
Por não ter ajudado
Na retirada dos espinhos
Dos seus caminhos.
Por não ter enxugado as lagrimas
Dos seus olhos
Tão cansados.
Por não ter dito palavras
De carinho.

Perdoa-me senhor.
Pela minha ignorância
Pela minha ingratidão.

Senhor agora entendo aquela solidão
Quando encolhida se sentava
Quase muda, só olhava
Quando seu olhar cansado
Perdia-se na infinita
Solidão...

Autora:Terezinha C Werson
9/5/2009

AMAZONIA

AMAZONIA

Sonhos dos brasileiros,
riqueza dos estrangeiros;
doenças, na selva
escravidão...


Trabalho sem ganho
teto, a floresta
cama, uma rede
repelente, uma fogueira
cobras se rastejando
quase engolindo o homem.


Amigos morrendo
a campa aquele chão,
família distante
selva medonha!
Medo horror!
Trabalho escravo
e o estrangeiro
cada vez mais rico;
se reclamasse morria
se não falasse também.


Morria de malária
e tantas, outras doenças
que pela selva se espalhavam...
Tinha que trabalhar!
Muito látex colher.
se não no final do dia
com certeza ia sofrer.


Porque no outro dia
tinha que o dobro; colher.
Dinheiro nunca tiveram
pois, o escravo não ganha
quem enriquecia, era o estrangeiro
que nunca fazia nada
só queria aproveitar
o dinheiro que era ganho
do suor daqueles homens
que sonharam e não pensaram
o que iam padecer.


Se fosse forte vencia,
e se não fosse morria,
para não morrer na selva
tinha que enfrentar o rio.
Se fosse forte vencia
se fosse fraco morria.
para enfrenta o rio,
tinha que ser homem valente
e muitos sobreviveram
graças aquele rio,
e o meu pai como era forte
venceu aquela travessia.

Dedico ao meu pai que enfrentou
esta travessia, com certeza Deus o
salvou da selva, e da correnteza.
TEREZINHA C WERSON-10/3/2007


MEU PAI

MEU PAI

Pai, me carregaste no colo
Não importava a distancia.
Nos dias de muito frio,
tiravas o teu casaco
Para me agasalhar.

Quando eu ficava doente
Não importava à hora
Tu me pegavas no colo
para eu, não sentir dor,

Cuidavas das minhas feridas
Por mais profundas que fossem
Cicatrizava tão fácil
Acho que era o amor
O remédio aplicado.

Me pegavas pela mão
E me lavavas no parque
Pra andar de carrossel,
E com os olhos cuidadosos
Não paravas de olhar.

Agora que estás velho
vou tirar o meu casaco
Para ti agasalhar
Vou te pegar pela mão
Das tuas feridas cuidarei
Não ficarão cicatrizes
Usarei aquele remédio
que tem por nome amor,

Agora é minha vez
De cuidar de ti meu Pai
Muito obrigado meu PAI.

TEREZINHA C WERSON

Minha mãe seu nome era Maria

Minha mãe seu nome era Maria

A ela Deus lhe concedeu graça
Bem sei que ele abençoa as viúvas
Sete filhos adolescentes
Alguns um pouco rebelde
Com paciência aconselhava.
Meu filho não faça isso
Mais tarde você vai se arrepender
Todos ouviam o conselho
Quietos sem responder.

Assim foram crescendo
Maria era paciente
Por seus sete filhos orava
Pedia a bênçãos de Deus
Deus na sua misericórdia
Escutava Maria, e todas as suas preces.

Quantas vezes ouvi Maria
Dizendo: Meu Deus hoje
O dinheiro acabou
Pouco pão tem na mesa
A farinha tem um pouco
E o azeite uma gota.

Mas Deus ouvia Maria
O dinheiro aparecia
De pão a mesa se enchia
Na panela a farinha
E no pote o azeite transbordava
As sete bênçãos Deus concedeu a Maria.

Assim foi Maria
Seguindo a sua estrada
De Deus nunca se afastava
No fim desta estrada
Mais uma graça alcançada
Acordou e disse: estou um pouco enjoada
Mais logo passa...

Maria cheia de graça
Fechou os olhos
E num minuto partiu
Bens nenhum ela tinha
Mais era rica da graça e das bênçãos Deus
Essa era minha mãe Maria
Cheia da graça de Deus.

Terezinha C Werson
23/4/2010